Para contar essa história vou precisar dar alguns passos atrás e explicar como a Vito surgiu.
Quando a Men's Market surgiu (e a Vito nasceu como uma marca própria dentro da Men's Market), existia uma onda no mercado de você explorar o e-commerce sem muita preocupação se aquilo parava de pé ou não.
O ano era 2012 e muita gente conseguiu captar recurso sem ter uma tese que parasse minimamente de pé. A gente era um e-commerce e tentou criar um modelo que nos protegesse da fragilidade do modelo de negócios: criar marcas próprias para podermos entender com mais profundidade o usuário.
Nesse contexto, depois de alguns meses rodando, entendemos que existiam alguns buracos de oferta no mercado. Foi então que surgiu a ideia de fazer uma marca própria para atender esses buracos que existiam.
Tem uma parte legal dessa história que é como a tecnologia conversa com métodos mais "old school" de branding e criação. Por muito tempo o jeito de se criar marca foi imaginando um universo daquela marca que estava sendo criada e usar pesquisas de mercado e outras metodologias para se entender a "brand personna", ou como era o universo daquele perfil de cliente ideal, o que ele consumia e por aí vai.
Olhando um pouco para os dados que a gente tinha, dava para perceber que o trabalho de imaginar o universo do perfil de cliente ideal da Vito era muito mais complexo do que parecia, porque não era um recorte de idade ou classe social. A gente vendia para muita gente de muito lugar diferente do Brasil e pessoas em CEPs de baixa renda consumiam produtos que não eram óbvios, o que sempre entusiasmou muito a gente no projeto.
Então definimos quatro pessoas de países em que o uso de produtos de cuidado pessoal é bem mais avançado do que no Brasil: Itália, Japão, Holanda e Estados Unidos. Montamos todo o universo desses personagens e o personagem VITO acabou ganhando por ser um nome popular e pelos italianos serem referência em estilo e pelo jeito leve que vivem a vida.
